Ontem, ao luar, nós dois numa conversação, tu me perguntaste o que era a dor de uma paixão. Nada respondi, calmo assim fiquei, Mas, fitando o azul do azul do céu, a lua azul eu te mostrei... Mostrando-a a ti, dos olhos meus correr senti u-ma nívea lágrima e, assim, te respondi. Fiquei a sorrir por ter o prazer de ver a lágri-ma nos olhos a sofrer. A dor da paixão não tem explica- ção, Co-mo de-fi-nir o que eu só sei sentir. É mister sofrer pa-ra se sa-ber o que no peito o cora-ção não quer di-zer. 50 64 63 Pergunta ao lu-ar, travesso e tão ta-ful, de noite a chorar na on-da to-da azul. Pergunta, ao lu-ar, do mar à can-ção, qual o mistério que há na dor de uma paixão. Quando Jesus, meigamen-te so-litá-rio, lá no ci-mo do calvário, seus olhos, indulgente, ergui-a aos céus, quanta dor, quanta poesi-a, a penar, nos seus olhos luz luzia, a me-ditar Não era a dor de não ter es-se poder de remir a hu-ma-ni-da-de da e-terna a-tro-ci-da-de do sofrer E- ra, sim, a crúcea pe-na de sentir por Ma-da-le-na o co-ra-ção desfa-le-cer. Cifrada por Roberto Crescioni [email protected] Bauru, 30 de outubro de 2011

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