Meu velho Chico, areias já te consomem Não acredite no homem, ele não vai colaborar Infelizmente impera demagogia No mundo da hipocrisia, só Deus pode te ajudar! Velho Chico, que já foi o “Grande Rio”, se arrasta por um fio De folhas, mágoas e saudade! Agonizando pelos vales e cascata barrancos sem mata esconde sua verdade. Ainda desliza seguindo o mesmo roteiro Num suspiro pantaneiro de quem um dia partiu Deixou saudades lá no alto da colina Na origem de sua mina, más o homem se quer viu! Rasgando a terra, amarrado pelas redes Ainda mata a sede de um povo sofrido! Trás esperança, através de suas correntes Mata fome de muita gente, no remanso percorrido Margeando matas no psiu dos passarinhos No aceno dos muinhos nas flores e capins Borboletas, gafanhoto e João de barro Já percebem o estrago e caminham para o fim