Intro: Um velho pajé de uma tribo extinta Me disse que já viu a morte em muitas faces Mas nem uma delas é tão perigosa Quanto a da mulher que nasceu com olhos de outubro Olhos de desejo e de condenação Ela sabe se esgueirar por palavras tortas E nos beijos que ela dá há um prazer maldito Estrelas ela sabe ler, perfume de rosa ela tem Feitiços antigos na alma e no peito o medo de amar Destila o veneno de um escorpião ( ) ( ) ( ) Porém um rapaz tolo e distraído Na encosta do morro cruzou com seu destino Ela atraiu-lhe o olhar, aqueceu seu sangue E enquanto a cidade acendia suas luzes ela cravou Naquele peito menino seu mortal ferrão E enquanto ela sorria Em agonia ele cantou Sua última poesia Sobre o perigo do amor Dos olhos de outubro ele não escapou

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