Corte minhas pernas, mutile meus braços Corte meus pulsos, exploda meu crânio Espalhe os neurônios no sal do mar castre-me Esquarteje meu corpo, retalhe as entranhas Divida o coração, incinere meus membros E sopre as cinzas para os braços do tornado furioso Apague a minha história Mas não decepe meus ideais Nem guilhotine as opiniões Nem queime minha língua Tire minha vida, mas não mutile minha voz Ôô, ôô, ôô, ôô Deixe-me desejoso de pensar Não me prive do favo do saber Deixe-me soltar o verbo em qualquer língua Deixe-me longe da mediocridade Não aniquile minha curiosidade Com as revoluções e mudanças: meu pensamento deixe nascer