Olha aqui, seu moço, Faz tempo que eu torço pra não chover. Remendando um cabresto Eu faço meu tempo e tento viver. O charque que eu tinha Atado no arame pra ressecar Se empapou de porqueira Com a lã das ovelhas que estavam por lá. A égua bragada Tem cismas d'água até pra beber. E a terneirada guacha, Em vez de apojar as vacas, berra até encher. O gado se atola, Tudo me amola, o troço é peleia! Eu só acredito em doma Com o freio na boca de quem não corcoveia. Não fosse a cuscada esculhambando no galpão, Eu enchia a barriga de rapadura e chimarrão. Não fosse a cuscada esculhambando no galpão, Eu enchia a barriga de rapadura e chimarrão. Volteando uma canga, Trançando um par de rédeas, Consertando um buçal, Entalhando um canzil, O coração mata a pau.