Intro Pelas ruas da cidade Vai o perfil de campeiro Quantas marcas de saudade Na expressão deste tropeiro E hoje a pé, despacito Leva a tropa imaginária Maluco, a falar solito Estampa guapa e lendária! Será que foi o progresso Culpado desse descaso? Ou se a vida sem regresso Chega ao fim,num triste ocaso A realidade amarga Não traz a paz nos caminhos E o louco ao findar à tarde Fala, canta, e ri sozinho! E quando o cansaço lhe chega Se senta pelas calçadas E nem ouve a gurizada Que lhe arrodeiam gritando: Olha o louco! olha o louco! Pois seus olhos de ternura Se perdem pelas lonjuras A buscar novos caminhos Quantos tropeiros conheço Que já não sabem o seu rumo E cada passo é um tropeço Outra erva, outro fumo E neste mundo maleva De tão difícil guarida Quem sabe o sonho do louco É melhor que outra vida Será que foi o progresso Culpado desse descaso? Ou se a vida sem regresso Chega ao fim,num triste ocaso A realidade amarga Não traz a paz nos caminhos E o louco ao findar à tarde Fala, canta, e ri sozinho! E o louco ao findar à tarde Fala, canta e ri sozinho Fala, canta e ri sozinho