Intro: Presa às argolas do freio Passando por traz das orelhas do pingo A inspiração tenteia na boca das horas O focinho do tempo... Solta no meio do mato É clareira perdida campeada nos versos De alguma poesia curtida pra fora Planchada de lado... Pode estar na ressolana, resguardada de vento, Ressabiada de inverno... acostumada ao berreiro, De algum novilho tambeiro nascido de vaca mansa... Pode estar nas campereadas num toso de cola e crina, Numa tropilha gateada, num mate de boas-vindas, Num trotezito chasqueiro pelas quebradas da vida... (Então tá, devagar, que a estrada é nova E a inspiração um lugar... Bis E a geada quando o vento levanta É dia de encarangar!) Int.