Canto, que é pra ter dinheiro E pra ser o primeiro a me desencantar Canto pra sentir o cheiro De um mundo inodoro e pobre ao paladar Canto, mesmo enquanto quieto, no meu canto Canto, até brotar o pranto do canto do olhar Canto por costume, canto por espanto Canto por que sim, e fim; não preciso explicar Canto um canto, enquanto verbo santo No entanto, bem mais que sujeito a se profanar São,insano, volto e me adianto E eis que Canto, até o próprio canto, Um dia, me calar