Intro Trago na pele, seu moço O cheiro de lá De uma terra distante Longe do mar Trago meu sonho guardado Num Caçuá Olhe meu rosto, seu moço Pra que chorar? Tanto desgosto e desgraça não adiantou Nem a cegueira da morte me segurou Para que temer, ó seu moço? Eu quero é teimar! Eu nasci no meio das pedras de Uauá Êh, deixa a lua chegar Deixa encandear as pedras de Uauá Êh, deixa o bode berrar Deixa o berro encantar o povo que vem de lá Sigo na luta, labuta Sem reclamar Mas nunca deixo, seu moço De ver o luar Calo, Calor, não adianta Não vou calar Mesmo com nó na garganta Pra que chorar? Foi tanta pedra e espinho, mas estou aqui Deus é quem fez o caminho e eu segui Para que temer, ó seu moço? Eu quero é teimar! Eu nasci no meio das pedras de Uauá Êh, deixa a lua chegar Deixa encandear as pedras de Uauá Êh, deixa o bode berrar Deixa o berro encantar o povo que vem de lá Quando eu sinto minhas forças Quase acabar Eu lembro da moça, seu moço Que deixei lá A quem prometi, seu menino Um dia voltar Mas vou cumprindo o destino Pra que chorar? Um dia eu volto e na mão trago uma flor Mas por enquanto eu suporto a minha dor Para que temer, ó seu moço? Eu quero é teimar! Eu nasci no meio das pedras de Uauá Êh, deixa a lua chegar Deixa encandear as pedras de Uauá Êh, deixa o bode berrar Deixa o berro encantar o povo que vem de lá

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