Intro: Ao ver o rio correr bravio me perguntei Por onde andam estas águas mal domadas Eu sei que às vezes são serenas como asas E às vezes tensas como potros em debandada Ser como o rio me faz pensar num pago novo Andar e andar, sem ter licença e nem fronteira Poder cruzar terras sem dono ou proibidas Vagar solito, ser remansos ou corredeiras (Vestir a luz do sol em tons de colorado E murmurar uma cantiga à luz da lua Abrir os braços em abraços caborteiros Ao afagar o ventre da pampa xirua.) Vou como o rio sem ter desejo de voltar Sem vacilar, seguindo o rumo que ele mande Talvez um dia eu seja água em branca espuma Jorrando livre no vazio de um salto grande (Vestir a luz do sol em tons de colorado E murmurar uma cantiga à luz da lua Abrir os braços em abraços caborteiros Ao afagar o ventre da pampa xirua.)