Intro: Duzentas mula argentina, mansas, xucras, caborteiras. Cruzaram pela fronteira nadando pro nosso lado. Ponta, corrida, cortada, porque as melhor vêm na frente. Sistema de antigamente selecionando a mulada. Tropa pronta e faturada, burro cargueiro e bruaca. E o velho Tito Guaiaca, cozinheiro e ponteador. Na frente, as mansas de arreio e a velha mula ruana. Na goela, leva a campana do cincerro cantador. De São Borja até Cruz Alta, foi quase um mês estradeando. Mais meio até Passo Fundo folgando pra descansar. Dois dias e um pouco mais, tropa na estrada de novo. Estirada ao novo povo, da Vacaria dos Pinhais Estirada ao novo povo, da Vacaria dos Pinhais. Estalo, relho e assovios, do cincerro à badalada. Planalto, picada e rio, no rumo de Sorocaba. Estalo, relho e assovios, do cincerro à badalada. Planalto, picada e rio, no rumo de Sorocaba Planalto, picada e rio, no rumo de Sorocaba. Lages... Castro..os birivas, nestas tropeadas muleiras. Não respeitavam fronteiras, divisa ou tempo qualquer. Quanto maior a distancia, a lembrança dobra a idade. Mas o que dói, é a saudade do pago o rancho e a mulher. Paraná depois São Paulo tropa entregue se boleavam. E os sentimentos brotavam, rebentando o maneador. Lembrando a mulher amada no baldrame do galpão. De mate pronto na mão, bombeando pro corredor. Estalo, relho e assovios, do cincerro à badalada. Planalto, picada e rio, no rumo de Sorocaba. Estalo, relho e assovios, do cincerro à badalada. Planalto, picada e rio, no rumo de Sorocaba Planalto, picada e rio, no rumo de Sorocaba.