Se o azul é mais que um sonho, O que será da inocência O que será dos corações? Se o amor já não tem mais setas. Se a morte é só a morte O que será dos poetas? Das coisas já dormidas De que ninguém mais se lembra. Ó farol das esperanças. Água clara, rua incerta, Ó corações dos meninos Ó almas, coisas brancas. Sinto hoje, no coração, Vago tremor do ser humano E as rosas todas são tão brancas Assim como minha pena.