(intro) Sonolento fim de tarde De um retrato de verão Cascos que vieram de longe Martelando sobre o chão, Pés descalços na poeira Marcas de calo na mão Lábios que juntam sem pressa Fragmentos da canção: Vai carreta ,vai.. Rodando vai..., Que o tempo é patrão Em cada roda que gira Corta tiras deste chão Vai boiada, vai... Que a bocas que choram, Que fome de grão E a terra que o boi amassa, Vem a massa do meu pão À noite vem a saudade Se chega branda e faceira Cantando frases perdidas Da toada carreteira As mãos num gesto de fadas Torcendo vestes caseiras Penduram trapos de sonhos Nos arames da porteira (Refrão) Ainda a ultima brasa Teima em ficar acordada, Queimando um resto de vida Na fogueira já cansada E lá se vai o carreteiro Deixando atras a toada Escrita em letra de poeira Pelos cascos da boiada (Refrão 2x)