A flor branca das restevas Cresce bem enraizada E inça logo a terra hortada Quando o tempo é chovedor. A flor-do-cardo, espinhenta, Solta as plumas quando venta E arisca o boi lavrador. O lírio-branco das lagoas Parece,ao vento acenando, Copos de leite espumando Com o orvalho da madrugada. E quando passa um gaudério, O distrai jogando o sério Pra ele errar a encruzilhada. Lindas florzinhas matutas Chamadas de "flor do campo", As chinas lhe deram o encanto Das suas histórias de amor. E pelos rincões esquecidos Se casou com dois maridos: Com o vento e com o beija-flor. ( pelos rincões esquecidos Se casou com dois maridos: Com o vento e com o beija-flor.) A flor do trevo vermelho, Pigmentando a coxilha, Com os trevos de carretilha Enfeitam as manhãs de geada. , entre as plantas da lavoura, Como é linda a salsa moura Com o seu feitio de grinalda. Linda é a "flor do quero-quero" Que anuncia a primavera, E a margarida que espera Renascer o pasto velho. E o abril pinta os caminhos Com os "bibis-de-carocinho" Roxos, brancos e amarelos. Lindas florzinhas matutas Chamadas de "flor do campo", As chinas lhe deram o encanto Das suas histórias de amor. E pelos rincões esquecidos Se casou com dois maridos: Com o vento e com o beija-flor. ( pelos rincões esquecidos Se casou com dois maridos: Com o vento e com o beija-flor.)