Num trotezito dos mansos vêm chegando a cavalhada Trazem sereno no lombo, da bruma da madrugada Conhecem bem o caminho do potreiro até a mangueira Mas entram cheirando a terra após cruzar a porteira Embuçá-lo um baio ruano que a pouco é do meu arreio Me entregou o domador, dando por pronto de freio Ligeiro e bueno de cima, mas com um defeito provado Tem gana de (garra) o campo se não encilho maneado Sei que (as veze) aflotam baldas em algum cavalo feito Mas de pronto se corrige pra que não vire defeito Enquanto atava as esporas, facilitei o meu baio Cravou o pé com o arreio me bombeando de soslaio Cravou o pé com o arreio me bombeando de soslaio Não me agrada terminar serviço pela metade Pero se a mi me tocar, faço de boa vontade O quê não aprendeu na doma aprende agora comigo Antes que eu fique de a pé benzendo algum do umbigo Despos das garra composta, espanto co`as mão maneadas Pra que respeite a maneia e me espere na ramada Se me apear campo a fora, faço o mesmo ritual Sempre proseando com bicho, não judio de animal Sei que aprende com o tempo, por isso não me preocupo Tem tanta lida mais quebra, que o dia inteiro me ocupo Confiança traiçoeira, meu baio bueno de fato Mas se esqueço a maneia só pego dentro do mato Mas se esqueço a maneia só pego dentro do mato