Intro: (2x) Parte 1: O homem já estava deitado, dentro da noite sem cor Ia adormecendo, e nisto à porta um golpe soou Não era pancada forte contudo, ele se assustou Pois nela qualquer coisa, de pressago adivinhou Levantou-se e junto à porta, quem bate? Perguntou Sou eu, lhe responde, a morte sou Um vulto que bem sabia, pela mente lhe passou Esqueleto armado de foice, que a mãe lhe um dia levou Guardou-se de abrir a porta Antes ao leito voltou, e nele os membros gelados Cobriu, hirto de pavor Parte 2: Mas a porta, manso, manso se foi abrindo E deixou ver, uma mulher ou anjo? Uma mulher ou anjo? Figura toda banhada de suave luz interior A luz de quem nesta vida, tudo viu, tudo perdoou Olhar inefável, como de quem ao peito o criou Sorriso igual ao da amada que amara com mais amor Tu és a Morte? E o Anjo torna A Morte sou, venho trazer-lhe descanso Do viver que te humilhou Imaginava-te feia, pensava em ti com terror A Morte sou, mestra que jamais engana Parte 3: E o Anjo foi-se aproximando, a fronte do homem tocou Com infinita doçura, as magras mãos lhe cerrou Era o carinho inefável de quem ao peito o criou Tu és a Morte? E o Anjo torna A Morte sou, venho trazer-lhe descanso Do viver que te humilhou Imaginava-te feia, pensava em ti com terror A Morte sou, mestra que jamais engana Era a doçura da amada, que amara com mais amor Era a doçura da amada, que amara com mais amor (