Intro Ao longe vi a casinha, o lar que minha filhinha está com minha mulher Nesta distância que havia vi que a fumaça saía no alto da chaminé Já era bem de tardinha, o expresso aqui só vinha, o resto é seguido a pé Meu fardo estava pesado desci beirando o cerrado, passei no arame farpado Da cerca que fica ao lado do pequeno igarapé Então fui na cachoeira, e na raiz da figueira meus pés fiquei a molhar Me sinto muito contente olhando a água corrente das pedras se desviar Eu trago lá da vendinha, arroz, feijão e farinha e um pacote de fubá De resto o que vem pra gente é só o suficiente pra poder viver contente E às vezes um presente pra aqueles que sei amar O meu rastro pela estrada na terra que está molhada eu vejo que já saiu Um espelho se mostrava na água que empoçava aonde o sol refletiu Hoje foi muito cedinho que deixei o meu cantinho antes que o dia surgiu Vejo agora entre galhadas da paineira derrubada as folhas amontoadas Trazidas pela enxurrada da chuva que aqui caiu Já posso ouvir o latido, e vem encontrar comigo o meu estimado cão Acontece todo dia a mostrar sua alegria vem lamber minha mão Eu me esqueço da canseira quando abro a porteira só me alegra o coração Este é o meu recanto, com meus amores eu janto, e a noite com um manto Vai cobrir por todo canto a beleza do sertão! Final

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