Intro: Eu sonhei ser violeiro e cantar Bem verdadeiro como canta o sabiá, Mas o dom que Deus nos deu Cada um carrega o seu não se deve reclamar Fiz poesia escrita pra dizer coisa bonita E ver se alguém vai gostar Minha voz nunca saia, pra poder por melodia ) Outros tive que arrumar Teve os de boa vontade, uns foram por caridade E outros pra se livrar, Mas como diz o ditado se o cavalo lhe foi dado Os dentes não deve olhar, Mas se acerta a parceria cada moda é uma cria Que logo vai germinar, O acorde da viola, encaixando a minha história Que dá vida ao que eu narrar (Intro) Caipira que é poeta tem que ter a sua meta Nunca pode abandonar Não desvio do meu rumo porque não me acostumo De outro modo me expressar Tenho jeito de caboclo, de botina arranca tôco E meu chapéu panamá Vim do ôco da taboca, mas eu nunca fui boboca ) Porque eu pude estudar Na verdade não foi tanto, mas eu nunca uso o pranto Pra poder justificar Eu sei o suficiente pra poder viver contente Sem nunca me aperrear Tanta gente que estuda, a atitude não muda Chega mesmo é piorar, Vai ficando insolente, se achando que é pra frente Já começa a humilhar Sou assim caipira nato gosto de viver no mato Mas eu sei me informar Não tenho só a cultura lá da terra onde fartura Tiro do que eu plantar É por isso que eu tento buscar No conhecimento para sempre melhorar Mas não tem nada que possa tirar meu jeito da roça Ele sempre vou levar!

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