Intro: O negro quando anda só Nem sempre é porque dispersa Mas se anda só também pode ser porque ele desperta Da solidão da paisagem Sem água nos olhos refletido nas águas dos rios E pensa nos negros que atravessaram Mares dentro de navios Presos em corpos de esperança e de ilusão Estalos de sangue dos açoites sem coração Eram dias de morte no convés Da desilusão Saído de Angola, Guiné, Benin/Daomé, Moçambique Trafico negreiro da África para os alambiques O vapor encharcava o teto e a pinga tirava a dor E na nossa história o negro tem todo valor Mas em terra brasilis O melhor estava por vir O que tentavam acabar Nascia com muito mais força O "semba" é samba cachaça é cachaça E o negro é o Brasil