Tenho desde sempre um jeito de lonjura De céu azul benzendo o mar na imensidão Areias de uma saudade que pensei ser minha E o sal que do olhar escorre do olhar pra nascer canção Sou eu no vento manso que assovia o fim de tarde No voo livre da gaivota de asas abertas Sou eu na rede imersa de um sonho doce Que o sol na aurora sem querer desperta Mostro o melhor de mim, no mais profundo do olhar A pureza que guardei e os olhos teimam em mostrar Com paixões em poesia e os meus amores pra lembrar Vou eu na imensidão das ondas, com minha alma leve, assim feito o mar Só evito a viração, toda vez que posso Gosto de apreciar as ondas, mas sigo seguro Contemplo a lua grande prateando as aguas Que levam junto minha vida rumo ao futuro Sou eu nas velas que o vento direciona sempre Com toda a liberdade que é possível conceber Sou eu buscando a fé que o pescador conserva No rumo do farol, clareando o gosto de viver