Vinha parando rodeio costeando a ponta do mato De pingo alçado no freio lanhado a unha de gato Chapéu meio desabado de esvoaçar pelos atalhos E o pala véio esfiapado soltando a franja nos galhos Quando pego o sol dormindo de riba dos meus arreios O dia por caborteiro na paleta eu esporeio (Sou um campeiro do Rio Grande Vivo entre a terra e o céu Moro dentro do meu poncho Bis Debaixo do meu chapéu) Int. Pois a casco de cavalo faço o tempo escorrer a tinta Tirando sebo do mato a grito e a berro de trinta O índio tem que ser rude para agüentar o tirão E por mais que o tempo mude não muda a lida do peão Nisso refuga um sinuelo um aspa torta sozinho E o meu cusco companheiro sai pegando no focinho ( )Int. Levo a ponta a despacito pra cruzar o rio a nado Que a tropa na correnteza forceja pra o outro lado A tropa se vai bufando com o focinho de fora E eu empurrando a culatra só de sombreiro e espora Quando pego o sol dormindo de riba dos meus arreios O dia por caborteiro na paleta eu esporeio ( )Int.