Não tinha cerca nem brete Que segurasse o malvado E nem laço que cerrasse No tal de touro pintado Tinha peão que dava fumo Pra pitar mais de um ano e meio Como pedido de auxílio Pro Negro do Pastoreio Nunca acreditei em bruxa lobisomem não creio Botei meus caco num mouro Me entreverei no rodeio Levei aquele meu cusco De tirar vaca do mato E fiz o bicho alça a cola Berrando um quarenta e quatro Cerrei espora no mouro Peneirando um doze braça Que fez um Zum no espaço E o touro dobrou a carcaça Vi dois estouro e dois tombo E o meu laço rebentou O cusco ficou emprensado E o mouro se desnucou (Touro...touro...touro Touro pintado Até o neto do teu neto Vai sofrer por teu pecado Touro...touro...touro Touro pintado Tu vai te encontrar no céu Com o meu mouro afamado) Introdução Abri a perna e gritei Levaste a breca boludo Livrei a maça do peito E enterrei com cabo e tudo Deixei o facão tremendo No peito duro do touro Me benzi e fiz uma prece Pra alma do pingo mouro Ergui o pintado na cola Pra salvar meu cusco amigo Que hoje rengo e sem dente Segue juntito comigo Hoje só resta a lembrança Nas noites de solidão Morreram o cusco e o pingo E eu continuo de peão Cerrei espora no mouro Peneirando um doze braça Que fez um Zum no espaço E o touro dobrou a carcaça Vi dois estouro e dois tombo E o meu laço rebentou O cusco ficou emprensado E o mouro se desnucou (Touro...touro...touro Touro pintado Até o neto do teu neto Vai sofrer por teu pecado Touro...touro...touro Touro pintado Tu vai te encontrar no céu Com o meu mouro afamado) (2x) Introdução