Intro: Comprei um potro veiaco no rincão da mula manca Um tostado pata branca, crinudo de lombo curto Dava gosto ver o vulto, deste monarca endiabrado Era a estampa do Rio Grande, este bagual encilhado Ligeiro que nem um gato, pingo de pelear de faca Não fica na aspa da vaca, quando inventa a vaquear Nos cascos faz trovejar, coisas de arrepiar os cabelo Sai fumaça da espora, queimando couro com pêlo (2x) Me sinto um rei a cavalo E conheço a volta do tombo Faço do potro um império E o trono eu faço do lombo Nunca frouxei meu garrão, prá matungo mal domado No lombo de um aporreado, faço tudo o que eu quiser Eu gosto de andar de pé, por isso sou domador Já amansei cavalo e china, nos ranchos de corredor Faço cama de pelego, prá dormir sono da cobra Meu espinhaço não dobra, nem com praga e reza braba Levanto de madrugada, meu despertador é o galo Me sinto um rei neste pampa, montando no meu cavalo