A noite despenca de abismos Se esconde sozinha em buracos E à voz de grilos e sapos Eu calço meus sapatos Escuridão Então reinam os seres noturnos As pupilas dos loucos dilatam Vejo vultos caindo em penhascos Eu calço meus sapatos Eu rasgo o chão Me fantasio de homem normal Terno e rude minha máscara de mal E eu ando sem ter porque Reflito no espelho Meu eu a me veR Eu olho pro céu Secreto e visível De alfa Centauro Antares e Hidra Alianças saturnas Desejos soturnos Segredos noturnos Da noite e do céu E eu trago e meus olhos histórias perdidas loucuras que o medo me roubou da vida A noite eu me visto do escuro do mundo e por quase um segundo me sinto imortal