Intro Tio euclides trança o laço Porque o meu já está no fim Tio euclides trança o laço Porque o meu já está no fim E a tua saliva no couro Vá salivando por mim Tio euclides trança o laço Que o meu laço já está no fim Faça desse laço um sonho Desse sonho não acorde Faça desse laço um sonho E desse sonho não acorde Lonqueando as braças da noite Para que o dia se forme Lonqueando as braças da noite Para que o dia se forme. Cravador, tento e cambito Pertences do lonqueador Que conhece a cor do couro O carnal e a sua flor Se mescla no fim do laço Com as penas do trançador Tio euclides fronte e moura Curvado no tento baio Tio euclides fronte e moura Curvado no tento baio Eu tranço e retranço versos E de tuas tranças não saio Eu tranço e retranço versos E de tuas tranças não saio Mas se a vida, tio euclides Te ensinou a trançar laços Mas se a vida, tio euclides Te ensinou a trançar laços A espora no bagual leve Me ensina a trançar espaços A espora no bagual leve Me ensina a trançar espaços Tio euclides ainda sou novo Mas no laço te relembro Nos pealos de cucharra Nas marcações de setembro Talves um dia eu te cante Nas californias de dezembro