Ele era malandro e ela veio de Paris Ele era o bronze e ela o chafariz Deu-se, estranhamente a grande dama Num olhar de meretriz Ao mestre-sala das senzalas do país O amor da galeria pediu bis Ele era passista, nota dez da Imperatriz Ela destaque de Leila Diniz Quando o olhar e os corpos de tocaram Se fundiu carvão e giz Ele era o caule e ela era a flor-de-lis O amor na maior festa do país E assim fez-se a luz e a treva Deu-se a claridade Flor-de-lis entregou-se, enfim Como alguém que se entrega à doce impunidade Fizeram amor num banco de jardim Foi um chafariz de amor no centro A água fora e o bronze dentro Num je t'aime explodiu Leila Diniz Hoje ela é a dona da senzala A mulher do mestre-sala Nota dez da Imperatriz