O quarto amanhece A luz quase rasga Há um plano da cama Um livro no chão A roupa espalhada Os olhos fechados A imagem sem som Da televisão Dois copos deixados No vão da janela Que filtram a luz Azul do abandono Um plano fechado Do rosto e das mãos E o movimento lento E leve do sono ( ) , no que resta do escuro, Tudo o que se deu , colada ao tecto, A imensidão do céu Na mesa um cigarro Que ficou esquecido O sol desenhado Na nudez da pele Uma brisa leve Um luar escondido E o plano infinito De qualquer gesto breve , no que resta do escuro, Tudo o que se deu , colada ao tecto, A imensidão do céu Cmj7 Ao lado da cama, No chão, um papel Ardente na sombra De quem foi embora Talvez diga apenas ?adeus?