É de vereda, parceiro, que o golpe firma na trança Se o braço busca a distância, no estender da canhada Uma terneira abichada, que achata a cola por conta Ritual gaúcho na estampa desta querência sagrada É de vereda, parceiro, com a bota sempre estrivada Que aparto um boi na invernada pra garantir o sustento Chapéu tapeado com o vento, num barbicacho apertado E um peleguito virado, nesse fundão mormacento Refrão: | Salta calando, parceiro, salta calando | | Faz um bichinho e afirma a perna no más |REPETE | Soca as esporas e afrouxa a boca do pingo | * | Que a zebuada sobra pata por demás | *: somente na primeira vez E de vereda, parceiro, vamos rangindo a carona Num resmungar das choronas, nalguma folga domingueira E a sina, por balconera, faz esbarrar na cancela Pra tirar a poeira da goela num bolicho de fronteira É de vereda, parceiro, que a noite vem espiando Junto aos buracos do rancho de uma peleia passada E o vício ronda a indiada, num destorcido com canha Piscando um olho na sanha e metendo sorte clavada Refrão