De longe vem o brilho das estrelas Que vertem destes olhos para os teus Pois choram quando o vento firma o rastro E baila junto à flor de um sonho meu. A brisa que carrega a madrugada Com lágrimas de orvalho pelo tempo Campeia na saudade campo afora O cheiro do setembro ao relento. Na hora em que o silêncio faz costado Trazendo pra minha volta a solidão Podemos mirar juntos, nossos olhos Na lua que aproxima o coração. Parece até que escuto ao longe um pranto Quem sabe vem da hastilha camboneada Pois solta da sua alma de tapera Lamentos de não ser mais tua picada. A brisa que carrega a madrugada... Na hora em que o silêncio faz costado...