Intro Despus do meu pangaré panhei o tar de automóvel Não precisa ferradura nem sofre de pisadura ai ai Agora to bem por cima vou-te falar como é Tem uma tar buzina carca a mão, chove muié Ele tem o pé redondo mas deixa o rastro cumprido Não come capim guiné nem tem medo do perigo ai ai Um sufoco eu passei despenquei na ribanceira Fui parar num ribeirão arranquei cerca, e porteira Ele não usa de cabresto nem bebe agua do poço Também não tem que pastar nem come o trato no cocho ai ai Passa até em mata-burro só tem que mirar o bico Mas se a mira faia ai não tem jeito, ali caio e fico De noite o zoio dele acende pra modo da gente ver Ele só tem um defeito é quando eu quero beber ai ai Não sabe voltar pra casa de porre eu volto a pé Dai bate uma tristeza ai que saudade, do pangaré