Era fã de um sanfoneiro, um sanfoneiro bom Era fã de um sanfoneiro, um sanfoneiro bom Que não era o Mário Zan, mas era com certeza Dentre todos, o melhor daquela redondeza Era um bom companheiro, um companheiro bom Bom de fole, bom de gole, de farra e forró Mas nunca perdia tempo ou situação Pra justificar sua fama, de ser valentão Num certo dia de festa, festa do lugar A cidade se vestia de amor e de alegria Fantasia de um povo pra comemorar Todo ano, um ano novo pra recomeçar Tudo foi interrompido, só se ouviu no ar Um, dois, três, quatro estampidos, eu nem sei contar Quando me deram a notícia do que aconteceu Falaram de um viajante, o pobre que morreu E agora na história da festa se conta A desgraça e gloria de um herói do Sertão E agora hoje em dia a festa não conta Com sua sanfona, sua animação Sanfoneiro matou, morreu Sanfoneiro matou, morreu