Intro Eu menino passarinho Andando sem rumo e sem ter cor Eu as vezes peço, as vezes rezo E as vezes vou Eu menino sem ter jeito Voando pelas asas de um belo gavião Que não tem destino nem freio Que a própria natureza lhe mostrou solidão E eu as vezes canto, aquilo que ninguém mais vai querer ouvir E eu do alto do meu pranto, entoo palavras que mal sei sentir ( ) Eu história sem lenço e sem vela Sem documento no bolso e sem paixão Voo como vento que espera Espuma cortada, pena de pavão Que te enrosca as pernas, lhe coça os poros e lhe faz ter suor Que lhe faz acreditar que belas formas não passam de um ser só E eu menino passarinho As vezes voo, ora caio no chão Sem asas em meu corpo Meu levitar é minha imaginação E eu as vezes canto, aquilo que ninguém mais vai querer ouvir E eu do alto do meu pranto, entoo palavras que mal sei sentir