Intro: Sou grito do quero-quero no alto de uma coxilha Sou herança das batalhas da epopéia Farroupilha Sou rangido de carreta atravessando picadas Sou o próprio carreteiro êra boi, êra boiada Êra êra boi brasino êra êra boi pitanga Boi Fumaça, jaguaré, olha a canga... Sou velha cambona preta dependurada nos tentos Sou o chapéu do domador tapeado de contra o vento Sou rancho de pau-a-pique à beira de uma estrada Onde descansa o tropeiro pra seguir sua jornada Sou a cor verde do pampa nas manhãs de primavera Sou cacimba de água pura nos fundos de uma tapera Sou lua, sou céu, sou terra sou planta que alguém plantou Sou a própria natureza que o patrão velho criou