Intro: Uma vaneira da campanha ou da fronteira Trás a alma galponeira de quem vive no rigor O pouco importa se é serrana ou missioneira Se levanta polvadeira nos fandangos do interior Um índio velho das monhecas calejadas Que recorre as invernadas sobre o pingo companheiro Baila entretido nos encontros da patroa E acha a vida muito boa vaneirando no terreiro Uma bailanta sem vaneira vira em nada É uma estância sem eguada meu patrão É rodeio sem gineteada meu amigo Gaúcho sem chimarrão Mas quando salta uma vaneira da cordeona A alma fica redomona meu irmão E a peonada se embala e vai pra sala Já começa o calorão ( ) Molha a camisa, toma um gole e mete xixo Sai igual um carrapicho caprichando na figura Pois a vaneira tem a cisma desse assunto Que levanta até defundo pra bailar da sepultura Quando o gaiteiro fica besta e muda o passo Faz roncar algum compasso e já acolhera nas ilheiras Os menos brutos vão sentar acadelado E o bagual mais irritado grita, toca uma vaneira Uma bailanta sem vaneira vira em nada É uma estância sem eguada meu patrão É rodeio sem gineteada meu amigo Gaúcho sem chimarrão Mas quando salta uma vaneira da cordeona A alma fica redomona meu irmão E a peonada se embala e vai pra sala Já começa o calorão