Para mim a chuva no telhado É cantiga de ninar Mas o pobre meu irmão Para ele a chuva fria Vai entrando em seu barraco E faz lama pelo chão Como posso Ter sono sossegado Se no dia que passou Os meus braços eu cruzei? Como posso ser feliz Se ao pobre, meu irmão Eu fechei o coração Meu amor eu recusei? Para mim o vento que assovia É noturna melodia Mas o pobre, meu irmão Ouve o vento angustiado Pois o vento, este malvado Lhe desmancha o barracão.