Intro A brisa mansa Anunciando o anoitecer Sopra no rosto Como fosse um cafuné E o vento assanha A chama do candeeiro Insinuando um movimento de mulher A lua cheia Prateando o trieiro Clareia o trecho De um tropeiro encantado Que pede pouso Pra seguir sua jornada E relembrar do tempo que era encarnado Me chamam boiadeiro Boiadeiro eu não sou não! Sou tangedor de gado Boiadeiro é meu patrão! Feito um corisco Galopando no cerrado Vem do invisível Do fundo dos cafundó Tem a capanga Todo tipo de mandinga E os segredos que aprendeu no catimbó Tô de passagem Vou seguir fazendo rastro Meu tempo é curto Eu não posso demorar Correndo trecho Vou cumprindo a minha sina No vento eu vim No vento posso voltar! Me chamam boiadeiro!