Ela chegou quando eu era menina Uns chamam morte, pra outro é vida Pouco eu sabia da triste rotina Morte e Vida Uterina Me despedi da criança franzina Cresceram pelos nas pernas, virilha Eu hospedava uma estranha inquilina Morte e vida uterina Morte Por vezes, desejei, quem sabe, num ato de Sorte Banhar-me em meu sangue até esgotá-lo num Pote Fugir por uma veia fina, alargada num Corte Como uma fêmea, cadela no cio Eu caminhava por entre assovios Nunca entendi quem por mim se atraía Morte e vida uterina Meu corpo infante, que então era puro Passou a ter domínio público Meu endereço era agora uma esquina Morte e vida uterina