Não posso esquecer o ronco maldito, da camionete branca que eu nem Vi chegar Tendeu da cachorrada festejando a volta, em qualquer fim de tarde Sem me avisar Coração ferido cortado de esporas, cercado de lembranças de rédeas No chão Aqui nessa cabanha tudo é saudade, o peão foi domado pela tal de Paixão Vou vender a fazenda não quero mais saber, mudar para bem longe pra Outro país Eu vou vender meu gado até os cavalos, se não posso ter nos braços Quem eu sempre quis O pé de pinheiro que escreveu meu nome, eu mandei derrubar e fiz Uma fogueira As chamas se propagam mas a dor não passa, enxergo o seu rosto em meio a fumaça Lembranças que ficaram da última vez, me amou e ainda fez eu Acreditar A camionete branca cruzou o mata-burro, pra se perder no mundo e nunca mais voltar

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