Intro: Deixei pousar minha boca em tua fronte Toquei-te a pele como se fosses harpa Escorreguei em teu ventre como o vento E atravessei-te em mim como se fosse farpa Deixei crescer uma vontade devagar Deixei crescer no peito um infinito Morri da morte lenta do desejo E em cada beijo abafei um grito Quando desfolho o livro velho da memória Sinto que o tempo passado à tua beira É um espaço bom que há na minha história E foi bonito ter dito companheira Inventei mil paisagens no teu peito Rebentei de loucura e fantasia Quando me olhavas devagar com esse jeito E eu descobri tanta coisa que não vias Havia em ti uma forma grande de incerteza Que conseguias converter em alegria Havia em ti um mar salgado de beleza Que me faz sentir saudades em cada dia Quando desfolho o livro velho da memória Sinto que o tempo passado à tua beira É um espaço bom que há na minha história E foi bonito ter dito companheira

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