Intro.: E lá vai o trem Cruzando serras E planícies das Gerais Queimando lenha Soltando brasa E o maquinista diz Que é muito feliz Mas quem vai neste trem Tem quase nada e Não pode nem sonhar Mas vai levando Buscando a sorte A vida toda procurando Se encontrar E lá vai o trem Vai para o norte Procedente das Gerais Nesta manobra Que faz o trem E ninguém sabe Quando isso vai parar Mas quem vai neste trem Tem quase nada e Não pode nem sonhar Mas vai levando Buscando a sorte A vida toda Procurando se encontrar 2º vagão: Maria Louca Lá se vai a louca Deslizando nos trilhos de aço Sobe a serra vencendo o cansaço Seu apito é um grito de dor Maria fumaça Eu queria contar sua história Seu passado de luta e glória Que o tempo consigo levou No meio das campinas Maria Fumaça Tocando o seu sino Orgulhosa passa (bis) Lenha na caldeira E o maquinista saudando a paisagem Telegrafista mandando mensagem Mais um apito Mais uma estação Fazendo barulho Lá se foi a Maria Fumaça Levou consigo a alegria da praça e para trás deixou a solidão No meio das campinas Maria Fumaça Tocando o seu sino Orgulhosa passa (bis) 3º vagão: Zé Granfino De terninho branco Gravata vermelha Na plataforma Espera o trem Na curva da linha Maria aparece Ele sobe e desce ele vai e vem Tira o pó da bota conserta a palheta onde está a retreta lá da estação carregando a mala confere o bilhete depois vai-se embora acenando a mão Ele é o Zé Granfino de terno engomado sapato engraxado lá de Santa Fé Este lembra a dona Maria Fumaça Esconde a tristeza No velho boné Já muito distante Na sua viagem Longe da paisagem Do interior Ele tem saudade da Maria Rita cabocla bonita seu primeiro amor Já foi maquinista Na velha Conquista Hoje aposentado Não trabalha mais Foi telegrafista Nos tempos de moço Puxando minério Nas Minas Gerais