Lá nos confins do sertão a verdade apareceu Isabel olhou para João e um suspiro ela deu Com os olhos cheio d’água, contou o que aconteceu Maria tá de barriga e logo vai dar a vida ao primeiro neto seu João ficou furioso, seu sangue ferveu na veia Passou a mão na espingarda no chicote e na correia Vou buscar esse malandro arrastado pela oreia Com tanta velocidade ele chegou na cidade Dentro de uma hora e meia Foi entrando no boteco num lugar desconhecido Bem ao lado do balcão lá estava o atrevido Disse assim para o sujeito eu vim te buscar bandido Minha família tem brio Maria só vai ter filho depois que tiver marido Do outro lado do balcão o vendeiro respondeu A vinte anos atrás esse golpe você deu O safado era você O pai da moça era eu Cheio de conversa fina engravidou minha menina depois desapareceu Criei meu neto sonzinho sem precisar de você Minha filha se casou e feliz pode viver Contratei este rapaz só para te ver sofrer Se vira agora João, pois esta situação te entrego com prazer João de cabeça baixa foi voltando pro sertão Indignado com a sorte e com a situação Pagando a mesma moeda o que fez com gozação João sempre foi malandro pegava pomba do Bando Mas caiu no alçapão