Intro É tarde no galpão grande Pros lados da madrugada Agosto veio gelado Destaperou bicharás E o fogo grande é um alento Pra quem recorreu potreiros No ofício de camperear E um negro canta saudades Do tempo da estância velha Assombrações de taperas Cruzadas, passos e escuros Amontoando sabugos Pra ração de algum matungo Que o inverno traz num cortado Mais um toco de aroeira Contraponteando o minuano Manha na toca o rebanho Lá do potreiro dos mouros A encordeirada linda Segunda volta da esquila Pelos meados do agosto ( ) ( ) Ronda de almas pampeanas Atorando a noite grande Clarividência haragana No lombo das invernadas Descogotando as boleadas De alguma insônia matreira Teimosa em fazer pousada Às vezes não há palavras Nos desconsuelos do fogo Só o esboço carnudo Matizado dos tijolos Coloreando xucros olhos Como ressuscitando A esperança de um velório E a noite troca de ponta Pro espaço da madrugada Preenchendo o catre de garras Estirado em chão batido No aconchego do abrigo Perfil de estância e querência Que sempre guardo comigo Que sempre guardo comigo

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