Escuridão, língua solta Solidão, eu ponho o pé na estrada E grito quando o carro passa ( ) É o faz de conta do meu não ser ) É o improviso sem teto, sem chão, sem língua solta. Eu não espero ver pra crer Não sou eterno, eu nem sei fumar Eu não sou credo, não peco Eu não sei chorar Eu não sei chorar.... Se tenho medo, se tenho fome (Sou todo ouvidos), sou pedra, feijão, sou teu amigo ( ) Não faço contas Não leio jornal Meu corpo inteiro está na mira ) Nas cartas, está com a língua solta. Eu não espero ver pra crer Não sou poeta eu não sei fingir Não faço guerras, não mordo Eu não sei sorrir. Eu não sei sorrir Solo Eu não espero ver pra crer Não sou poeta eu não sei fingir Eu não sou credo, não peco Eu não sei chorar Eu não sei chorar.... Escuridão, língua solta Solidão, pé na estrada E grito....... Solidão.......