Velas ao mar que o vento leve Por mares da insanidade navegue Delírios, sonhos, devaneios Por sete anjos me guiei Num sopro divino, me fiz peregrino Andei E não me fiz entender Pensamento aprisionado por meus irmãos Na mente a procura de ser Enviado pela voz, o Rosário da razão Mas a Arte irrompe a pele Bordando o destino, a direção O bem e o caos, rainha ou peão No Bispo o senhor a salvação O inventário em jogo, a luz dos olhos teus Ao tabuleiro as mãos de Deus Parti pra fazer a minha chegança O mundo enfim pude recriar A emoção nos tempos de infância Sagrado samba que faz relembrar O manto e suas coroas Tambores em procissão Quilombos e cabaças ( 2x) Alma do sertão Sou mais um negro Orgulho dos meus ancestrais a vida eu colori de paz Nas páginas brancas da memória Tingi de verde a minha história Resgata Cubango meu grande amor Insano nessa avenida eu vou Trançando em arte o sentimento mais profundo Eu sou o rei que bordou o mundo