O tempo! Jamais poderia senti-lo, Se, quando nascemos, tudo nos cala, E quando morremos voltamos ao início; O tempo chega, a escuridão sai, Sonhos desmoronam; luz da tarde sombria, Que com o manto da noite cai. Os homens lutam entre si, Não sabendo que o tempo é curto, Não entendendo que a morte lhe sorri, Deixando sonhos, deixando amores, Partindo mundos, mudando vidas, Se apoiando em seus temores. Solo: Mas o relógio da vida nos é apresentado, Sempre nos iludindo, Até entendermos que tudo foi passado, O dia chega, o tempo esconde o que passou, Abraçamos o que ainda resta, No momento que em que o sonho acabou... Solo: Já estivemos aqui, mas não sei mais, Tudo o que penso por um segundo, Desaparece em minutos atrás, Se sonho, se vivo, Se lamento ou se choro, Deixo que o tempo dê seu sentido...