Toca o coração pulsa o violão Compositor analfabeto num dia sem luz Num violão sem cordas, a música sem refrão Sem direção que a conduz As vozes da cachoeira, o silencio desta canção Mal traçada letra pálida, que nunca compus A brisa não retorna a ver as flores O Sol não beija mais o chão Numa Paixão todos amores, numa corda todo o som A Nuvem sem fumaça, o gago quer ser cantor Num festival sem taça canta, o Analfabeto compositor Tira a clorofila da mata, mas não tira a voz deste cantor Leio a espiral de um caracol Mais enrolado que eu ninguém A chuva não me molha, não enxergo o sol Estou contido num universo que não me contém Observo as estrelas que boiam na imensidão do universo Passo-as para o papel para te-las, apenas fazendo alguns versos Sob a luz da lua, apreciando o seu brilho Mesmo sem ter auxílio, como é que ela flutua? Leio a espiral de um caracol Mais enrolado que eu ninguém A chuva não me molha, não enxergo o sol Estou contido num universo que não me contém