A poesia há de vir Enquanto a gente bota a mão na massa. Enquanto a gente assa o pão, vem a inspiração. Vem cá, ir- mão: Vem que a canção vai dar o ar da graça! Graça suficiente que alegra a vida E a gente mostra os dentes num sorriso. Graça que se extravasa em nossas mãos Se a gente enche a laje em mutirão Quando é preci- so; Porque preciso é justo ao necessário, Nem forte, nem fraco, Nem retardatário, Nem antes do tempo. Movimento de acrobata, exato; Se a vida é por um triz, entrego Ao Deus atento.