Vem, passari- nho; vem pro meu colo e se ani- nha. Em meu coração, faz seu ni- nho; Voa livre, vai e vol- ta. Esse mar é tão revol- to... passarinho solto prepara seu pouso E ao ver o seu vul- to a alegria me toma de assal- to. Você é passari- nho, eu sou poe- ta. Vai, voa ligeiro, alcança sua meta, Mas nunca se esqueça: Sou sua metade. Sua pena voa, a minha escre- ve. Torna eterno o que é terno e breve; O momento, a emoção que invade o peito E quando me pega de jeito, me leva leve. Como leve é a pe- na!