Correndo passa ano, entra ano É sempre a mesma mirrada vida Mesma luta renhida, mesma lida Só sobe outro repetido pano É sempre o mesmo velho retrato Que se mostra, no repetido palco Haverá quem possa tentar salto? Temos de caminhar, comer do prato? Talvez, a nossa requentada peça Tenha, perpetuamente, de ser essa Mas seja possível mudar o ator Talvez, nessa modorrenta mesmice Que já vige, desde a meninice A gente possa injetar amor!