Chegava em casa sempre cheirando a pescado E em seu bolso havia apenas uns trocados Por trás da porta uma família a sustentar Cada arremesso lhe trazia uma esperança Rede ao mar nem sempre é tempo de bonança Regressa apenas quando algo encontrar As muitas horas dedicadas comprometem o vigor Em tantos anos de labuta seu corpo já entende a dor Olha pro céu sempre pergunta: Será que algo vai mudar? O pôr do sol já sinaliza, mais um dia a findar Mais uma vez acorda cedo no peito a alma morta está Não desconfia que mais tarde sua vida vá mudar E faz somente o que mais sabe lançar a rede pro mar Um pé no chão outro na proa para o seu corpo equilibrar Ouve alguém chamar seu nome se volta logo para o cais Recebe o mais forte convite, pescador de homens será Àquelas horas dedicadas que lhe arrancaram o vigor Agora encontram renovo, motivam o nobre pescador Olha pro céu e agradece, pois Deus seu filho enviou Segue feliz encontra o Mestre, a vida agora começou Final